segunda-feira, 2 de março de 2009

A dor da despedida

[...] E eu entrei naquele ônibus com o coração na boca..fazia tempo que não sentia essa sensação tão ruim. Por um lado, tudo havia sido ótimo nesses dias, mas sempre quando chega a hora de dar tchau, dói demais. Sempre dói, não hoje, mas todos os dias que precisamos fazer isso. Mas hoje eu me senti mais 'impotente', pois quem estava indo embora, era eu. Eu sentei na minha poltrona e fiquei olhando pra ele pela janela, esperando que ninguém conseguisse me ver naquele momento. A correria foi tanta, que eu esqueci de cochichar baixinho pra ele, que eu o amava muito, e quando eu me dei conta que estava indo embora sem dizer isso, fiquei com um nó na garganta. Foi a sensação mais horrível da despedida, e eu fiquei realmente mal na hora. Eu estava ali dentro, e ele lá fora..e eu não podia fazer nada, absolutamente nada. Como me senti insignificante! Quando parti, e ele foi sumindo, a minha vontade era gritar que eu queria sair ali de dentro, e não ir mais embora..como eu tive de me segurar pra isso não acontecer! Como foi ruim ter de ir embora, quando a minha vontade era ficar ali. Qualquer 5 minutos mais que passássemos seria ótimo, e só em pensar que eu não poderia mais aproveitar nem 1 segundo, a angústia foi tomando conta de mim. Enquanto as lágrimas teimavam em sair dos meus olhos, discretamente, eu olhava pela janela, procurando algum resquício dele..mas nada havia ali. Até que eu me deixei levar pelo sono, e me conformei com minha derrota.

"Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até q amanhecesse o dia. - William Shakespeare"
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Beeijos!
Amor, eu te amo muito!

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