terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Aquela tal retrô 2011

A imagem é de 2012 mas a retrospectiva é de 2011. Isso é o que dá uma pessoa sem ideia de imagem bacana para postagem de final de ano, que está sendo feita só, quase, no final de janeiro.

Dois mil e onze foi um ano diferente. Foi assim que eu o defini quando ele chegou ao fim. Diferente por vários motivos. Diferente para não dizer difícil. Diferente para não dizer conturbado. É, dois mil e onze foi um ano completamente diferente daquilo que eu havia programado. Porque é incrível né? Em todo o início de ano, a gente sempre "programa" nossa cabeça e faz o planejamento do ano todo. Como se adiantasse. Como se o destino fosse determinado por nós mesmos. Como se a vida não mudasse seu rumo em questão de segundos. Pois é, dois mil e onze foi um ano diferente!

Em dois mil e onze eu ri. Eu ri muito no início. Tive férias maravilhosas. Sempre ao lado de quem eu amo. Meu amor formou-se em administração. Fiz um vestido chamativo, mas na época eu achei bonito. Hoje minha opinião mudou. Mas então, meu namorado formou-se e eu estava ao lado dele. Senti orgulho. Sempre sinto, mas aquele momento foi especial porque foi uma etapa da vida dele que estava pronta, e eu lembrei que entrei na vida dele quando ele ainda estava na metada da etapa. Permanecemos juntos até o final. Fiquei emocionada. Amei ainda mais. Tivemos férias juntos. Aproveitamos nosso "descanso", pois sabíamos que um ano mais "complicado" estava por vir, a partir de março. No fundo a gente sempre sabe né? As férias foram ótimas, mas eu senti saudade da faculdade. Incrível como a gente sempre sente né? Queremos férias, mas quando estamos nela, sentimos saudades do clima das aulas. Não me entendo.

Mas olha, março chegou e com ele as aulas. Oito cadeiras. Senti que algo de errado aconteceria. Foi muito pra mim. Abril entrou e com ele uma notícia ruim. Fiquei abalada. Chorei muito. Muito mais do que eu pensei que seria capaz. Chorei, chorei e chorei. Pensei que era só uma fase, mas a fase continua até hoje. Essa fase me fez entender o sentido de uma palavra que, até então, eu só pensava que conhecia. A palavra é "preocupação". E essa palavra me sugou até o fim. E eu rodei em uma cadeira. Maldita cadeira de química. Nunca senti tanta dificuldade em aprender as coisas. Bom, passei nas outras sete pelo menos. Achei que não ia ficar chateada por ter rodado na cadeira, afinal de contas eu já havia me conformado. Mas eu fiquei chateada. E muito. E minha auto-estima foi pro chão. Fiquei dois meses sem ver meu namorado. Meu gato Davi morreu. Ele não queria, eu sei. Ele queria continuar vivendo, até quando fosse possível. Senti culpa por ter levado ele na veterinária. Chorei. Dezessete anos conosco. Muita falta ele fez e ainda fará. Emagreci cinco quilos. Voltei a usar manequim trinta e oito. Fiquei feliz. Revi meu amor assim que entrei de férias. Ele quase conseguiu classificação nos concursos. Mas eu sei que ele vai conseguir. Conheço o potencial dele. Sei que ele pode e que ele vai conquistar tudo o que quer. Com as férias, coisas ruins aconteceram. Uma perda que não tinha nada a ver com a minha família nos marcou muito. Chorei muito. Em um momento tão complicado na minha casa, isso aconteceu. Foi quando aprendi que não precisamos de muito pra ajudar alguém. Deus nunca nos dá um fardo maior do que o que podemos carregar. E assim, foram-se as férias.

Agosto chegou. E com ele as três cadeiras do semestre. Coloquei na cabeça que passaria na cadeira de química. Surpresa: na primeira prova fui muito mal. Fiquei desanimada. Deu vontade de chorar. Não chorei. O clima aqui em casa estava complicado. Eu estava com o humor alterado. Fiz minha última cadeira de cálculo. Agora posso dizer que tenho até o cálculo três. Senti vontade de largar a faculdade e virar confeiteira. Isso mesmo. Procurei informações de cursos para docinhos, decoração e tudo mais. Disse que faria nas férias. Tô fazendo? Não. Como tudo na minha vida, essa foi mais uma coisa que eu desisti fácil. Completamos, eu e meu namorado, três anos de namoro. Minha mãe sempre dizia que era pra eu namorar uns dez anos antes de casar. E eu sempre achava que ela era louca, pois onde já se viu esperar dez anos! E três anos já se passaram. Não tá perto de dez ainda, mas pra quem não cogitava possibilidade de namorar tanto tempo sem algum compromisso mais sério, até que eu estou me saindo bem. Descobri que o tempo é um grande aliado para curar as feridas que a vida nos causa. Descobri que o tempo nos ajuda a acalmar a alma e o coração. Descobri que só o tempo nos deixa conformados. Não adianta lutar. Gritar. Chorar. O que é pra ser, sempre será. O segundo semestre de dois mil e onze já está no fim. Eu passei nas três cadeiras. Fiquei muito feliz. Afinal de contas, com todas as confusões de final de ano, deu tudo certo. Meu namorado continuou, sempre incansável, fazendo cursinhos. Ele busca algo estável. E eu fico feliz por isso. Ele busca algo que nos dê uma luz no final do túnel. Ele busca algo para que possamos enfim, começar a nossa vida. E eu fico muito mais feliz com isso. É bom ver que o outro se importa. É bom ver que o sentimento é vivido por ambas as partes. É bom ver que o amor não é unilateral.

Dois mil e onze terminou. E com ele, eu espero que tenha terminado o ano diferente. Diferente de um certo ângulo "não tão bom assim". Mas foi bom. Com saúde. Paz. Amor. Com dificuldades que nos ensinaram muito. Ainda nos ensinam. Estamos vivendo um contante aprendizado aqui em casa. Às vezes parece que eu sei que precisamos passar por isso. E eu sei sim. Minha família e meu amor. Foi o que eu tive de mais precioso nesse ano. E eles continuam comigo. E sei que continuarão sempre ao meu lado. Acho que dois mil e onze foi um ano diferente. Um ano que fortaleceu laços. Um ano que fez pensar. Um ano que aconteceu. Um ano que não esperávamos. Um ano que esperamos que tenha terminado e com ele, a sua fase complicada. Mas algumas coisas eu quero repitir esse ano. Amor. Quero muito amor. Não, minto. Quero mais amor do que no ano passado. Confiança. Paciência. Força. E muita fé. Aliás, quero mais fé esse ano. No ano que passou minha fé falhou um pouco. E eu me arrependo disso. Mas quero mudar isso esse ano.

Dois mil e onze foi o ano em que eu aprendi. Aprendi muito. E talvez vocês nem queiram saber o que eu aprendi. Acho também que já não importa mais né? Dois mil e onze já passou. É hora de pensar no presente. E dois mil e onze agora é PASSADO!

Como muitos dizem por aí, que este novo ano seja assim: "dois mil & doce"
Sem mais delongas para o momento.


Obs.: escrevi e não revisei a ortografia, o português, os erros de concordância, regência, crase, pontuação..Escrevi o que veio na cabeça. E postei. Se eu for ler, vou mudar. Se eu mudar, não será sincero. Então, leiam minha sinceridade e percebam que ela não é amiga do bom e velho português.

1 comentários:

Cris Lautert disse...

Li com um aperto no estômago. Li na ânsia de não poder fazer com que o passado mude, melhore.
O importante é sair das batalhas mais forte, com mais conhecimento, com mais aprendizado. E eu sei que tu fizeste isso muito bem! Que teu 2012 seja um ano diferente. Diferente de 2011. Repleto de tudo de bom que tu mereces!
Lindo texto!