terça-feira, 4 de agosto de 2009

Saudade

Saudade é uma 'coisa' muito engraçada mesmo. A gente sente, sem entender. Ela vem chegando devagar, e nem avisa. Às vezes, ela começa quando a ausência nem pode ser completamente sentida. Outras vezes, ela só vem quando a ausência já se faz completa.
Engraçado como a gente encara e entende a saudade. Porque na verdade, ninguém entende. E ninguém sabe qual a melhor forma de encará-la. Mas todos sabem que ela pode e deve ser combatida, ou pelo menos, aliviada. Quando isso não é possível, a gente segura, tranca, empurra a coitadinha para o canto mais fundo, mais escuro do nosso coração. E lá ela fica um tempo..um pouco mais de tempo..e assim vai. Daqui a pouco, a 'coitadinha' salta do seu cativeiro e volta a nos atormentar! Ela é uma grande danadinha! Safada só ela sabe ser! Depois que se liberta, nos atormenta noite e dia. Volta e meia, quando o pensamento viaja entre uma idéia e outra, ela faz nossa mente voltar a dar ênfase a ela. Acredito que ela gosta mesmo de aparecer. Uma grande exibicionista essa tal de saudade.
Ela fica um tempo quieta, depois aparece. Nós a trancamos, para libertar um pouco o pobre corpo e a pobre alma que não aguentam o martírio e lá ela fica..quietinha, quase 'morta'. Depois, quando se liberta é uma grande tormenta! Ela não quer largar mais a pessoa! Noite e dia, dia e noite, 26h por dia, 8 dias por semana! Danada, danada, danada!
E sabe o que acontece? Ela começa a ficar gordinha, grandinha..porque ela se alimenta do sofrimento, da angústia, da ansiedade. E depois, quando ela alimenta-se bastante, e não cabe mais no espaçinho que tomou conta, ela começa a transbordar pelos nossos olhos..
Ê saudade danada!

Beijinhos para todos!
Amor, te amo muito e estou com saudades!